PORTUGUÊS: INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS COM 18 EXERCÍCIOS/ GABARITO

MAR PORTUGUÊS

Ó Mar salgado, quanto do teu sal são 
lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães 
choraram! 
Quantos filhos em vão rezaram! 
5 Quantas noivas ficaram por casarpara 
que tu fosses nosso, ó mar! 
Valeu a pena? Tudo vale a pena se a 
alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
10 tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
mas nele é que espelhou o céu! 
(Fernando Pessoa, in Mensagem)

1) Segundo o poeta, o sofrimento do povo ocorreu: 
a) apesar das conquistas portuguesas 
b) em virtude das conquistas portuguesas v 
c) para as conquistas portuguesas 
d) antes das conquistas portuguesas 
e) após as conquistas portuguesas

2) A metáfora existente nos dois primeiros versos do poema estabelece: 
a) a força moral de Portugal 
b) a incoerência do sofrimento diante das conquistas 
c) a importância do sofrimento para que o povo deixe de sofrer 
d) a profunda união entre as conquistas e o sofrimento do povo 
e) a inutilidade das conquistas portuguesas

3) Além da metáfora, os dois primeiros versos contêm: 
a) prosopopéia, epíteto de natureza, eufemismo 
b) antítese, pleonasmo, eufemismo 
c) apóstrofe, epíteto de natureza, metonímia 
d) prosopopéia, pleonasmo, antítese 
e) apóstrofe, hipérbole, sinestesia

4) “Quantos filhos em vão rezaram!” Com este verso, entendemos que: 
a) o sofrimento do povo foi inútil. 
b) o povo português da época era muito religioso. 
c) muita gente perdeu entes queridos por causa das conquistas portuguesas. 
d) a força da fé contribuiu efetivamente para as conquistas do país. 
e) a religiosidade do povo português era inútil.

5) As palavras que melhor definem o povo português, de acordo com as 
idéias contidas no texto, são: 
a) fé e competência 
b) inteligência e maturidade 
c) orgulho e religiosidade 
d) perseverança e ambição 
e) grandeza e tenacidade

6) Segundo o texto, para se ir sempre adiante é necessário: 
a) crer no destino 
b) aceitar a dor 
c) viver com alegria 
d) vencer o sofrimento 
e) objetivar sempre o progresso

7) Por um processo anafórico, a palavra nele (/. 12) tem como referente no 
texto: 
a) Mar (/. 1) 
b) Deus (/.11) 
c) perigo (/.11) 
d) abismo (/.11) 
e) céu (/.12) 

TEXTO II

Vale recordar que foi nesse século (o XVIII) que apareceram e se generalizaram em certas regiões do Brasil as famosas “tropas de muares” que, daí por diante, até o fim do século XIX e mesmo nos anos transcorridos do séc. XX, dividiram com os carros de bois as tarefas dos transportes por terra no interior do Brasil. Nos caminhos rudimentares que então possuíamos, transformados em lamaçais na estação das chuvas e no verão reduzidos a ásperas trilhas, quase intransitáveis, foram os carros de bois e as tropas os únicos meios e ligação dos núcleos de povoamento entre si e entre eles e as roças e lavouras. De outra forma não se venceriam os obstáculos naturais. (B. J. de Souza, in Ciclo)

8) Segundo o texto, os carros de bois: 
a) transportavam sozinhos pessoas e mercadorias no interior do Brasil. 
b) surgiram no século XVIII, juntamente com as tropas de muares. 
c) sucederam as tropas de muares no transporte de pessoas e mercadorias. 
d) só transportavam mercadorias. 
e) eram úteis, como as tropas de muares, por causa do estado ruim dos terrenos.

9) A estação das chuvas e o verão: 
a) contribuíram para o desaparecimento dos carros de bois a partir do século XX. 
b) não tiveram influência no uso das tropas de muares, pois os caminhos eram rudimentares. 
c) foram fator determinante para o progresso do interior do Brasil. 
d) contribuíram para a necessidade do uso de tropas de muares e de carros de bois. 
e) impediam a comunicação dos núcleos de povoamento entre si.

10) Os obstáculos naturais só foram vencidos: 
a) por causa do clima 
b) por causa da força do povo 
c) porque nem sempre os caminhos se tornavam lamaçais 
d) porque os núcleos de povoamento continuavam ligados às roças e às lavouras 
e) por causa da utilização das tropas de muares e dos carros de bois

11) As tropas de muares só não podem ser entendidas como tropas: 
a) de cavalos 
b) de mulos 
c) de burros 
d) de mus 
e) de bestas

12) O transporte de que fala o texto só não deve ter sido, na época: 
a) lento e penoso 
b) difícil, mas necessário 
c) duro e nostálgico 
d) vagaroso e paciente 
e) pachorrento, mas útil 

TEXTO III

O liberalismo é uma teoria política e econômica que exprime os anseios da burguesia. Surge em oposição ao absolutismo dos reis e à teoria econômica do mercantilismo, defendendo os direitos da iniciativa privada e restringindo o mais possível as atribuições do Estado. Locke foi o primeiro teórico liberal. Presenciou na Inglaterra as lutas pela deposição dos Stuarts, tendo se refugiado na Holanda por questões políticas. De lá regressa quando, vitoriosa a Revolução de 1688, Guilherme de Orange é chamado para consolidar a nova monarquia parlamentar inglesa. (Maria Lúcia de Arruda Aranha, in História da Educação)

13) Segundo o texto, Locke: 
a) participou da deposição dos Stuarts. 
b) tinha respeito pelo absolutismo. 
c) teve participação apenas teórica no liberalismo. 
d) julgava ser necessário restringir as atribuições do Estado. 
e) não sofreu qualquer tipo de perseguição política.

14) Infere-se do texto que os burgueses seriam simpáticos: 
a) ao absolutismo 
b) ao liberalismo 
c) às atribuições do Estado 
d) à perseguição política de Locke 
e) aos Stuarts

15) A Revolução de 1688 foi vitoriosa porque: 
a) derrubou o absolutismo. 
b) implantou o liberalismo. 
c) preservou os direitos de iniciativa privada. 
d) baseou-se nas idéias liberais de Locke. 
e) permitiu que Locke voltasse da Holanda.

16) “...que exprime os anseios da burguesia.” [l. 1/2) Das alterações feitas na passagem acima, aquela que altera substancialmente seu sentido é: 
a) a qual expressa os anseios da burguesia. 
b) a qual exprime os desejos da burguesia. 
c) que representa os anelos da burguesia. 
d) que expressa os valores da burguesia. 
e) que representa as ânsias da burguesia.

17) A teoria política do liberalismo se opunha: 
a) a parte da burguesia 
b) ao mercantilismo 
c) à monarquia parlamentar 
d) a Guilherme de Orange 
e) ao absolutismo

18) Infere-se do texto que Guilherme de Orange: 
a) não seria simpático aos burgueses. 
b) teria ligações com os reis absolutistas. 
c) teria idéias liberais. 
d) não concordaria com Locke. 
e) teria apoiado o exílio de Locke na Holanda.

GABARITO:
1- b 2- d 3- c 4- c 5- e 6- d 7- a 8- e 9- d 10- e 11- a 12- c 13- d 14- b 15- a 16- d 17- e 18- c

Fonte: http://www.portalescolar.net/

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