A obra tem atravessado gerações e é uma das mais amadas da
literatura infanto-juvenil brasileira. O primeiro livro da série foi publicado em dezembro de 1920. A partir daí,
Monteiro Lobato continuou escrevendo livros infantis de sucesso, com seu grupo de personagens que vivem histórias mágicas:
Emília,
Narizinho,
Pedrinho,
Marquês de Rabicó,
Conselheiro,
Quindim,
Visconde de Sabugosa,
Dona Benta,
Tia Nastácia,
Tio Barnabé,
Cuca,
Saci, etc. Os personagens principais moram ou passam boa parte do tempo no sítio pertencente à avó dos garotos, batizado com o nome de Picapau Amarelo, de onde vem o título da série.
Origem
Em 1920, durante uma partida de xadrez com Toledo Malta, este contou a Lobato a história de um peixinho que, saído do mar, desaprendeu a nadar e morreu afogado. Lobato diz que perdeu a partida porque o peixinho não parava de nadar em suas ideias, tanto que logo se sentou a maquina e escreveu
A História do Peixinho Que Morreu Afogado. Este conto deu origem ao livro
A menina do narizinho arrebitado que não é nada mais, nada menos do que a origem do Sítio do Picapau Amarelo. Até hoje os pesquisadores buscam o conto, já que Lobato não se lembrava de onde o publicou.
A adaptação mais conhecida e exportada para o mundo todo foi a da
Rede Globo, de
7 de março de
1977 a
31 de janeiro de
1986, sobretudo para países de
língua portuguesa. Os bonecos eram todos brasileiros criados por Rui de Oliveira e Marie Louise Neri. A trilha sonora foi dirigida por
Dori Caymmi e era formada por temas essencialmente nacionais, ressaltando a mitologia e o folclore. Destaca-se a música tema da abertura composta por
Gilberto Gil, "Sítio do Picapau Amarelo".
Barra de Guaratiba fora o local escolhido para a locação fixa da série infanto-juvenil da TV GLOBO "Sítio do Pica-Pau Amarelo" de 1977 a 1986. Um sítio, com casa, curral e jardins de Burle Marx, foi construído especialmente para o programa na Estrada Burle Marx (antiga estrada de Barra de Guaratiba). Lá eram gravadas as cenas externas e também quase todas as internas (sala e cozinha da casa de Dona Benta) do seriado. As outras gravações (biblioteca, quartos, gruta da Cuca, Reino das Águas Claras etc.) eram gravadas nos estúdios da Cinédia. Hoje, infelizmente, o local encontra-se abandonado e em estado de quase total destruição. O telhado da casa principal está desabando, existe sinais de vandalismo por toda parte e tudo está envolto de muito mato.
Nesta versão, os personagens ficaram imortalizados pela interpretação dos atores. O elenco principal no primeiro ano do programa era composto por
Zilka Salaberry (Dona Benta),
Dirce Migliaccio (Emília),
Jacyra Sampaio (Tia Nastácia),
Rosana Garcia (Narizinho),
Júlio César Vieira (Pedrinho),
André Valli (Visconde de Sabugosa),
Samuel Santos (Tio Barnabé),
Dorinha Duval (Cuca),
Romeu Evaristo (Saci),
Ary Coslov (Jabuti),
Germano Filho (Elias Turco),
Jaime Barcellos (Coronel Teodorico),
Tonico Pereira (Zé Carneiro),
Canarinho (Malazarte ou Garnizé) entre outros.
No tempo em que esteve no ar o programa sofreu algumas modificações no elenco. Eis as principais:
A atriz
Reny de Oliveira substituiu Dirce Migliaccio em janeiro de 1978 e ficou no seriado até dezembro de 1982. Ainda em 1978, a atriz
Stela Freitas passou a interpretar a Cuca no lugar de Dorinha Duval e
Francisco Nagen passou a viver o Elias Turco no lugar de Germano Filho.
Em 1980 Rosana Garcia e Júlio César também deixaram o programa. Motivo: estavam crescidos demais para intepretarem Narizinho e Pedrinho. Para ocupar seus lugares foram escolhidos entre milhares de candidatos
Daniele Rodrigues (que teve seu nome alterado para Daniela na abertura do programa) e Marcelo Patelli (cujo nome foi alterado para
Marcelo José). O novo casal também seria trocado anos mais tarde.
Uma outra mudança ocorrida na mesma época da primeira troca de crianças foi a da atriz que interpretava a Cuca. No lugar de Stela Freitas entrou a atriz
Catarina Abdalla que foi a Cuca de 1981 até o final do programa.
O Sítio também teve personagens inesquecíveis que não faziam parte do elenco fixo. Eis alguns deles:
·
Bia Lessa - Cuquinha, Dona Benta transformada em adolescente e Ordélia.
José Bento Renato Monteiro Lobato (
Taubaté,
18 de abril de
1882 –
São Paulo,
4 de julho de
1948)
[1] foi um dos mais influentes
escritores brasileiros do
século XX. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções. Seguido a seu precursor
Figueiredo Pimentel ("Contos da Carochinha") da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo
conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, um livro sobre a importância do
petróleo e do
ferro, e um único romance,
O Presidente Negro, o qual não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se
Reinações de Narizinho (1931),
Caçadas de Pedrinho (1933) e
O Picapau Amarelo (1939).
Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.
Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos.
Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho.
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